O Meu Dez Para Meia Noite


A criança que brincava,
Veio um trem e a atropelou,
Despedaçou os seus sonhos,
E a criança se humilhou.

E o jovem destemido,
Que lutava por viver,
Tentou acabar com sua vida,
Pois não conseguia mais ver.

Fechou seus olhos já cegados,
E com determinação lutou.
Foi pregado e julgado,
E sem lágrimas não chorou.

Quando crescem suas esperanças,
Gostaria de ser grande,
Mas rebaixa-se como nada,
Julga-se ser elegante.

Oh, tristeza da saudade,
Que belas lembranças sempre tenho.
Com um carinho de uma mãe,
Um aconchego e eu me embrenho.

Se mudasse a carcaça,
Feliz por isto estaria,
Quando mudo me transporto,
Para um futuro de euforia.

Mas o que me resta é fugir,
É desfocalizar o que eu penso,
Pois ainda tenho muito,
Um viver penoso e tenso.

Se me restar só as palavras,
Com entrelinhas escreverei,
Posso ser uma porcaria,
Mas essa porcaria eu serei!.

Não me humilhe com atitudes,
Não me ofenda com palavras,
Buscamos ser menos rudes,
Buscamos lugares e estradas.

Se brilho pela chama,
Me afaga o coração,
Se apago a minha fé,
Viro um egoísta sem compaixão.

Aprendi com o trem,
Que atropelou meus sonhos,
Ver a vida diferente,
Ser um pouco mais risonho.

Descoberto entre estrelas,
Brindam champagnes e doce mel,
Brincam com as velhas crianças,
Embelezam o meu céu.

E a morte traz a foice,
E vem a separação,
Mas com ela vem mudança,
Para um outro rumo, para uma outra direção.

São as facetas da vida,
Que embriagam nossa mente,
A dor transmuta odio,
O medo que me torna doente.

E o fim é doloroso,
Pode ser espetacular,
Mas como tudo começa no começo,
No final tem que acabar.

By: AyKe.Hanedef.

Comentários

Postagens mais visitadas