Ato Político de Amor
Relatos
de amor não existem,
Na
maneira e na forma que são contados.
Eles
são construídos, mas alguns desistem,
Pela
forma que sempre foram tratados.
Neste
meu lindo joguinho de palavras chamado “você”,
Construi
uma distorção gramatical da língua que lhe dei.
Um
dia saberá o quanto te amo e te amei?
Figurando
os mais lidos e vendidos? Não sei.
Resiliência.
Você,
Com
tanta coisa na TV,
Com
tanto para se ler,
Sentir, sair de mim, cruzar universos, bater de
frente, prédios altos, árvores e protestos, sorrisos e mais sorrisos, alguns
versos, amigos a onze reais e cinquenta centavos. Cinza do dia, do céu dos meus
olhos. Será que chove na tempestade que você me deu? Empatia pro lixo,
pessimismo pro lixo, recados vistos e não respondidos pro inferno, você? Eu não
sei.
Um dia saberá o quanto te amo e te amarei?
A língua que um dia esteve na sua boca, lhe
beijei.
Histórias de amor não existem.
Coloco meu frango naquele grill velho,
Impeachment for vegetables, me enterro.
Marielle foi queimada, mas o que eu espero?
Ter o direito do que nunca foi meu?
Em que verso é que entra o movimento que é teu?
Sair e beber, sorrir e sofrer, vou gritar eu te
amo!
Será que te amo?
Não sei.
Você é um homem, bem sei,
Fica maior quando sobe sobre seus saltos,
Colorindo as suas bochechas rosadas,
Com aquarelas de dores e flagelos internos.
Você, que para mim não é você.
Sou cego? Sou mudo? Quem é que não vê?
Está tudo bem óbvio.
Um arquivo morto queimado!
Quem é o culpado?
Não foi renovado para a próxima temporada.
Desculpa por fazer você perder a paciência e o
interesse,
Violando o sagrado da inocência, mas é que este
Cego, surdo, mudo e burro está quebrado,
Buscando na escrita que não vale um centavo,
Os erros que eu tive quando estava perto de
mim.
Culpando o meu ascendente em escorpião e vênus
em áries,
Li Sartre em todos os lugares,
Então eu sei que as culpas são minhas.
Histórias de amor não existem sozinhas.
Um dia saberá o quanto te amo?
Não sei...
Sou cego? Sou mudo? Sou surdo?
Talvez...
A resiliência chama-se “DRAGui”.
A língua que lhe beijou também escreve versos.
Por trás dos cachos dos seus cabelos dispersos,
Sobre infinito e um de todas as palavras não
faladas.
E mesmo assim, distorcendo tudo isso,
Eu ainda amo o “TODO VOCÊ”.
Neste ato final e político de amor.
By:
Vinicius Osterer
Feito em 22 de março de 2018.
*Descanse em paz Viada Lírica!
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