Medo? Que Medo! Tem Medo?
Eu não sou poeta, não sou
escritor,
Não sou arquiteto e nem um filho homem.
Eu não sou o melhor amigo, nem o melhor amor,
Não sou a palavra e nem o significado do meu nome.
Quando a caneta escreve no papel,
Eu não sou mais nem eu mesmo,
Não sei o que escrevi no meu passado.
Oh mundo não me ame! Que Medo!
Oh mundo não me queira! Medo?
Mundo? O que é este mundo? Tem medo?
Está virado com tanta sujeira.
Eu não quero idolatrar as palavras,
Fazer com que o poema desfigure o significado,
Uma arte concreta também é feita da simplicidade,
Dos traços mais finos sem idolatria.
Pulsa-se o sangue encharcando o corpo avermelhado,
Unhas, cabelos, pele, tudo isso não é mais meu,
Não sou eu, mas é a parte significativa deste
enredo,
Tem Medo!
Tem
Medo!
Não sei o que cativar,
para onde não devo ir?
Como poderei realizar
uma linguagem ruim de engolir?
Está cada vez mais alto,
do pico de uma montanha com neve,
Você não se atreve!
Sim se atreve!
Isso é dinamite nas
veias!
Tem medo?
Tem medo?
Deixa fluir, como um rio
que goteja o conjunto das gotas,
Deixa chover e deixa
molhar, você não é este papel,
Você não é esta caneta,
você não é um ser humano!
Sim você não é poeta!
Sim você não sabe
escrever!
Sim, sim, sim, sim, sim,
sim, sim, sim,
Deixe que chova sobre a
sua vida.
Deixe que a água limpe
os seus sapatos,
Os mesmos que andaram por lugares distantes do seu
eixo central.
E vá! Vá embora daqui, você não é o meio termo,
Você é o termo inteiro, não sabe o que pode
descobrir?
Tem medo?
Tem medo?
Do que você tem
medo?
Deixa
chover! Deixe fluir!
Medo? Que Medo! Do medo?
Você é a partícula menor e a partícula maior da
esfera.
Deixa o peito aberto, escancara a sua roupa e diz
vem,
Abaixe as armas e desarme as suas defesas.
Deixe virar, deixe fluir, deixe fluir, deixe
fluir. Medo?
By: Vinicius Viniver
Feito em 21 de julho de 2016.
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