E No Fim
Feito em 11 de Março de 2015...
Oi. Sou eu mais uma
vez. Acho que ainda estou aqui.
Estou perdido? Estou ferido?
Por que eu ainda não parti?
E se não segurar mais
as pontas e dormir para todo o sempre,
Correndo em um corredor
branco, olhando apenas para frente,
Sem poder dizer quem
eu fui. Sem poder dizer um adeus,
Sem desmascarar as mentiras
dos versos que eram meus.
Estou em um jogo que
já foi ganho e disputado,
Não existem mais
poderes ou magias apenas um lado,
E estou caído, estou
transitando entre um mundo febril,
Perdi a cabeça, estou
em uma roda vivendo por um fio,
Estou em pane e nesta
história alguém morreu,
Um pedaço de mim, o
começo do fim, será que se esqueceu?
Apagaram a luz e
derreteram as felicidades,
Um jovem confuso foi
preso em grades,
Como um pássaro que
não canta e não têm penas,
Mas tem dores agudas
e faces frias e tão amenas.
Quem lhe disse que
era tudo perfeito e tranquilo?
Que poderia sonhar e
realizar tudo aquilo?
Viver... O que é
viver? É estar vivo?
É pagar para se publicar
um verso ou um livro?
Eu vivo! Sim eu vivo!
É poder não querer
mais as dores?
É gostar de não
apreciar as cores?
Eu estou vivo. Eu aprecio
as rosas.
Quero rosas, quero
mil e uma prosas.
Oi. Sou eu mais uma
vez. Acho que ainda estou aqui.
Se eu padeci de algum
mal eu ainda não morri,
Mas espero encarar a escuridão
quando os olhos fecharem,
Quando o ar dos meus pulmões
secarem,
Os meus pulsos e meus
impulsos pararem,
E os meus pensamentos
sombrios cessarem.
E no fim tudo será
mais um começo,
É a ordem do universo
que eu vivo e obedeço,
É a vida que renasce
enquanto outra some,
Um olhar que lhe
cativa enquanto o outro dorme.
E no fim eu quero
dizer apenas um adeus,
E desmascarar as
mentiras dos versos que foram meus.
By: Vinicius Osterer
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