A Cruz e a Coroa de Flores

Feito em 01 de Março de 2015...

Prefácio:

O vento orienta-me que existe mudança de um clima,

Um céu que é azul e pipocado por nuvens brancas.

Eu estou apático e imóvel em uma cadeira.

Estou amargo por não gostar de sair de casa.

Por preferir planejar um negócio todo incerto,

E tentar achar a cura e a resposta do meu problema.

Quero começar assim. Explicando o que eu estou sentindo.

Eu tenho aquela vontade de ganhar o mundo e viajar.

Sumir e viver em outro lugar. Um lugar que seja diferente e distante.

Hoje eu decidi não me importar e canalizar as minhas forças,

Para as coisas que são essenciais a minha maneira de ser.

Diga-me: “O que você fez com a sua vida?”.

“Por que você se importou em não ter sentimento?”.

Conte-me: “Por que você tomou esta decisão tão sofrida?”.

“Por que você não guarda mais nada por dentro?”.

Eu estou tentando me curar, abrindo e fechando feridas,

Tentando buscar a paz das palavras que não foram ditas,

Em uma batalha comigo mesmo disputando a felicidade,

“Onde eu estou? Para onde eu vou? Cadê a minha verdade?”.

Isto tudo mudou e eu vejo em mim uma tempestade,

Um garoto solitário de um passado me invade.

E eu vejo uma cruz e uma coroa de flores,

Um homem que foi enterrado por não aguentar suas dores.

Eu permaneci ali, observando onde foi que eu cheguei,

Encontrei-me comigo morto e com tudo que eu enterrei,

Mas ainda sou tão jovem, sou criança e estou morto,

Essa cena na minha cabeça me deixou um pouco tonto.

“Eu não sei o que fiz com a minha vida!”

“Não sei por que dei tanta importância por um momento!”

“Nem por que tomei esta decisão tão sofrida!”

“Ou o porquê eu não guardei mais nada por dentro!”

Eu sei o que eu vi. Era uma tarde e eu era um garoto.

Achei uma lápide no quintal, com a cruz de madeira e eu morto.

Então eu cheguei e tirei o meu passado de cena.

Uma visão horrível que me deu até pena.

Neste lindo dia azul. As tardes azuis com a minha mãe amada.

“Vai brincar garoto, se esqueça!”. Eu sabia que não poderia fazer nada.

By: Vinicius Osterer