Monólogo
Feito em 18 de Outubro de 2014...
Todos
aqueles dias de chuva inundaram um pedaço de mim,
Eu
acordo todos os dias com um grande ódio da minha vida,
Queria
estar morto e não estar aqui travando um diálogo,
Por
que não estou bem psicologicamente para um monólogo.
Não
estou estruturado o suficiente para as rimas,
E
já estou acostumado a ser trocado por pessoas mais úteis,
Menos
cansativas e mais prazerosas para assuntos tão fúteis.
Não
estou mais dando bola se tiver que morrer hoje ou amanhã,
Por
que não gosto mais nem da ideia de viver,
E
odeio dias de sol, prefiro os dias de chuva,
Com
nenhuma alma viva ou morta andando pela rua.
Eu
não posso mais ver ninguém, ouvir ninguém,
Não
posso mais falar com ninguém,
Eu
não estou me sentindo nem um pouco bem.
Eu
odeio este tipo de sociedade que se troca por interesse,
Que
se esquece do que disse ou nem se lembra de quem riu,
Eu
quero mandar alguém ir para a puta que o pariu,
Por
que não consigo mais fingir para agradar a todo mundo.
Onde
é que estão as minhas realizações diárias?
Eu
não posso desfrutar de coisas que são temporárias?
Por
que quando é comigo tudo sempre é errado?
Por
que as coisas nunca podem andar para algum lado?
O
meu trabalho é um fracasso, é a labuta de um vagabundo,
Sinto-me
sujo e inutilizado, me sinto menos que um defunto,
Não
pode ser assim tão errado. Não pode ser assim o errado,
Eu
olho e só vejo mais do mesmo, será que não fui avisado?
Sou
um idiota por tentar agradar o que não se agrada,
Por
tentar ofuscar uma chama que em mim não se apaga.
E
o que é que estou fazendo para não dar nada certo?
Não
é de hoje que percebo que estou sozinho em um universo,
Alguma
coisa em mim está se habituando ao diferente,
Estou
bem mais aliviado e um pouco mais inteligente,
Pois
sei que ainda existe uma solução fora deste horizonte parado,
Eu
não sou um ser nojento, meu coração está enjaulado,
Não
quero ofender mais ninguém com minha grosseria,
Eu
queria esta paz que nós chamamos de poesia,
Por
que estou com raiva e isto está me fazendo mal.
Eu
não posso mais escrever sobre isto,
Eu
não estou autorizado a matar ninguém neste momento,
E
estou por aqui parando por raiva e não por falta de talento,
Por
que não aguento mais usar um nariz de palhaço para o circo,
O
circo dos horrores, que me ofende todo dia,
Quando
eu acordo e vou dormir, acho que isto é covardia!
E
não quero mais agradar a ninguém, pois não sou agradado,
Quero
mais que tudo exploda, e que você esteja ferrado,
Por
que odeio a sua maneira de querer tirar o meu tapete,
Criança
volta para o play para tomar o seu sorvete,
Estou
sem vontade de continuar este monólogo,
Estou
sem vontade de desperdiçar o meu tempo,
Por
que estou com raiva sem motivo,
Por
que estou calado neste momento.
Monólogo
é feito de um, monólogo você não é isento,
E
nesta troca de cadeiras, alguém ficou sem o assento.
Quase
vomitei na sua cara esses dias atrás,
Como
pode piamente ainda acreditar nos seus pais,
Mas
chega, por hoje eu acho que chega se não eu não me recupero,
A
minha tristeza virou raiva, e brigar é o que eu não quero,
Desejo
a sua pessoa um bom dia!
Não
sei aonde eu irei dormir, talvez no sofá ou no colchão na sala,
Queria
tanto uma arma para me dar um tiro na cara,
Ninguém
deveria viver obrigado a aceitar,
Queria
poder morrer para parar de reclamar.
Sou
um idiota por tentar agradar o que não se agrada,
Acho
que é isso. Fim de monólogo. Página virada.
By:
Sebastien Cavendish
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