Há uma deusa, sem nome acima das estrelas

Acima do sol, universo.

Padece a poeira dentro de mim girando em equivalência.
Há um eixo que me coloca como um coração sagrado de planta
Parte o domínio, me faço ramificação de célula aérea, de núcleo, endo.núcleo, metamorfoses e esferas
Há um grande espaço, muito maior que o tempo,
Que batalha uma luta por significação.
O que existe em micro existe em macro
De outra esfera sideral.
Planetas, satélites, astros, dimensões à baixo.
Não ideia de planeta-astros-satélites.
Ideia central da não ideia.
Uma corda que transpassa para que nós entendamos o que acontece conosco no mundo - consciência primitiva que constrói em palavras determinadas coisas.
Há um grande vazio sem eco, sem voz.
Essa é a deusa sem nome.
É dela que vem energia, criando - dentro do cérebro há uma explosão solar, mínima dentro de cada neurônio que cria uma cadeia superior de espaços.
Energia primordial - o que está em desordem ela descria, para manter um alinhamento categórico. Mas, não há rosto ou criação por trás da criação. Há a ordem do caos.
A energia - não energia, que pode trazer o preciso e alinhar todas as energias além-nome-galáctica.
Uma sinfonia, do som mudo, cuspindo do seu embrulho uma bolha de espuma sem forma, gasosa, quente e radioativa
Vasculhando em si - um extermínio cósmico.
Há um extermínio não por agora, é como se o eixo quisesse se livrar de um centésimo de falhas dos processos (de um eixo de giro central).
Não pode ser alma a célula de neurônio da não-matéria, não-criação.
Da nossa rebelião de vingar onde não deveria
Da vontade estúpida de apenas se ser
Alguma coisa.
Mais do que uma roda.
Há Revolução como ideia primordial que gira o pecado cristão!
Um padecer que não se quer,
Contra um padecer para não ferir e sangrar
(Não é bem isto, mas não se antecipa o conceito).
Há dúvida, há preguiça e vira incerteza...
O homem precisa aprender que deve haver equilíbrio: entre a loucura e razão. A queima e não queima.
O broto não é broto.
Deixa-se ser velho como poeira universo,
E novo como Revolução Reforma.
Se o universo é rebelião primordial, satânica, maligna
Tudo que se rebela de anterior é Revolução.
Não há segundo que não seja revolucionário
Tentando acabar com a integridade uni semicircular do tempo.
Poesia do futuro, pois há um desvio na natureza primordial de ser transgressão
E não deixar resquícios de espécie nenhuma.
Penso em duas polaridades.
Dois tons – entre apenas escuro e claro.
Somos apenas o eco – da flecha do não verbo,
Se fazendo na não carne.
[Vinicius Osterer, 2021]

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