HOMO SEXUALIS

Dói não dói? Sentiu no rosto a liquidez?
Desprevenido e atacado pelas costas, contagioso.
Removido e afastado, com meu coração cheio e cuidadoso.
Mas, não sou o Pai dos Pobres.
Eros foi para o mundo, seu filho no cartão postal,
Naquele ato da sua boca chupando o meu pau,
Com o seu cu piscando como o pisca alerta.
Dói não dói? Sentir a liquidez na pálpebra direita,
Era quente? Era branco? Era gozo?
Você gozou por esta certeza filosófica?
Foram os dois minutos de contato,
Com você sendo você de fato,
Que tiraram a caixa de aço,
Do pênis ereto querendo penetrar,
Eros sem amor, sexo sem amar,
Seu cu era uma lua. Apenas levantei o martelo.
Nietzsche e você para o inferno!
“Não coloque amor, onde você pode colocar a boca”.
Que frase rasa, que coisa tão pouca,
Não gosto de pouco para nada.
Um momento, estou com a boca seca...

(Parada para um gole de água num copo plástico)
(Mais descartável que o sexo com você)
(Mais descartável do que EU ou você)

Bem, onde estava? Ah sim...
Dói não dói? Dor por dor, cansei de masoquismo.
Uma obra de Caravaggio do Tenebrismo,
Um grito de noite guiado por um egoísmo,
Seu cu era uma lua. Apenas levantei o martelo.
“Eu sou perseguido por um cão chamado “ego”,
Já fui feliz por ter você ao meu lado, não nego...
Bem, onde estava?

By: Vinicius Osterer
Feito em Dezembro de 2018.

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