SALADA de ESCORPIÃO
(L)
(E)
(I)
(A)
Tenho um escorpião
engasgado na garganta,
Desde a última vez
que comi uma salada,
Tomei mais um gole da
minha coca que era fanta,
E roguei para Júpiter
quebrar o ciclo de nada.
Despejei com um “clak”
sobre meu teclado mental,
Como um daqueles
vômitos que joguei no banheiro.
Um escorpião, que às
vezes tão baixo, faz mal.
Confunde por polissemia
o que não deve ser grosseiro.
Amor é love e tão cute. Amor é pleno e não
ostentação.
Na minha casa tem uma lua, um sol, sem
explicação.
Daqui eu posso olhar o horizonte distante dos
meus olhos.
Enegreci os meus olhos com sombra. Eles estavam
chegando.
Regando com palavras, esperando que estivessem
se amando,
Sobre a lua, sobre o sol, que também tem aqui
em casa.
Outro peito, outra vida, outra brasa.
Na esquina esquerda do golpe militar em pleno
século 2018.
Ajeitei meu cabelo, passei raiva no rosto,
Me bati deixando um hematoma roxo,
Enquanto acendia um cigarro musical, descendo
até o chão.
O ventre que estava dolorido pelos exercícios e
flexão.
Gengiva sangrava como uma menarca tardia,
Um grito enérgico que em mim não cabia,
Inteligente isso, você não acha?
Leia a primeira letra que me despedaça,
Hoje foi enterrado pela manhã o amor que eu
tinha,
Era um amor gelado e solitário.
Rogava para algum plano espiritual,
Mendigando para que entendesse a maneira de
ler.
Estava escrito na primeira letra de cada verso.
Engasguei com um escorpião,
Larguei umas palavras aqui e ali,
Em cima da casa meu gato “Fé” dormia.
É a roda do movimento! Tempero completo nos
tomates.
O discurso de ódio é para os covardes.
ASSIM
MAIS LONGE
OLHOS QUE SE FECHAM
ROGAI POR NÓS.
Pepinos, alfaces, uma porção de batata,
Engraxados com alho e ódio, numa melodia
ingrata,
Redonda como a roda do movimento cármico.
Sexo simbólico e fálico.
Ostentação empírica, de fato.
No punhado de incenso que acendi no quarto.
Inteligente isso, você não acha?
Farinha de trigo para evitar uma desgraça.
Imaginei uma forma simbólica,
Cunhando uma versão melancólica,
A lá Lana, Nirvana e conspiração política.
Deitado com um escorpião engasgado,
Onde nem a lua e nem o sol são iguais e explicáveis.
By: Vinicius Osterer
Feito em 05 de Abril de 2018.
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