Eureca!
Na pouca ausência sou presença,
Como um coração e um cérebro,
Um parabéns assombreado,
Um desejo final, após um coito e um ato.
Beiro,
Na não palavra
E esqueço-me que foi recente a ideia
De não negar e passar a ser presença,
No início desta poesia quase funesta,
E paro. Desenrolo e costuro o ponto.
A gota, o semblante – olho redondo anestésico
No canteiro de suculentas da minha irmã,
Passo.
O dia passa, sem me interrogar pelas horas,
E navego na in-capacidade de fazer com que o
tempo, seja breve e caiba dentro de uma única estrofe:
- sem elisão, sem um fenômeno químico gramatical
Parasitário.
Passo, dançando, com os dedos no ar,
Em uma posição rotacional do eixo da Terra
Redonda
Grito: é fato! Eureca!
Tropeço em um tijolo e quase caio.
Desmoronando as ideias, a poesia, a forma e a
linguagem.
Abstraio, coloco a presença,
Dentro da cabeça
E me esqueço de redigir o último verso
.....
By: Vinicius Osterer
Feito em 15 de maio de 2021
Francisco Beltrão – PR
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