Quase Meio Produtivo
Feito em 25 de Julho de 2014...
Hoje
eu tive uma revelação surpreendente,
Sonhei
que eu era uma estrela decadente,
Então
sorri e mostrei meus dentes discretamente,
O
sorriso era espontâneo, era puro e envolvente,
Abstive
as ideias e fui olhar para o mundo delicadamente,
O
que poderia parecer assim tão inconveniente?
O
mundo se revelou tão sem graça de cor e proporção,
Sem relatos no gênese da bíblia e concepção,
Sem relatos no gênese da bíblia e concepção,
Sem
sintomas de insônia ou alguma irritação,
Sem
problema com a ausência ou com a obrigação,
Tudo
não tem mais a haver com a necessidade de aprovação,
De
excitação, agregação, ondulação, bajulação.
Mais
tarde em um sonho me peguei comigo mesmo,
E
com a vontade de ir ao banheiro pelo tenesmo,
Que
abriu uma ferida na minha cabeça pensativa,
Será
que existe uma resposta mesmo que primitiva?
O
jeito foi bancar o cara repulsivo,
Acreditar
em um dia quase meio produtivo,
E
ejetar uma dose a mais de algum produto educativo,
Em
um mercado cada vez mais opressivo.
Se
nossa casa não consegue manter seguro um segredo,
Seria
mesmo o momento de buscar pelo medo,
Seguir
pelo mundo em busca do nosso rochedo,
Somos
reais de verdade, de vontade e não um brinquedo.
Mas
tem sentido ficar em casa sem sentir confiança?
Tem
algum motivo para se mover em direção desta lança,
Que
lhe condenada à morte, a sua história na infância.
O
que fizeram com minha cabeça? O que fizeram comigo?
Estou
aprendendo a lidar com certo perigo?
Quem
se diz amigo não entende mais o que eu digo.
Meu
deus, será que eu ainda sou feliz?
Será
que ainda posso fazer algo diferente,
Por
que ainda tenho uma cicatriz,
Daquilo
que não quero lembrar nem vagamente?
Meu
deus, meu deus, hoje eu vejo que mudei,
Por
que não percebi que me transformei,
Neste
pequeno pedaço de radioatividade molecular.
Posso
chorar? Posso chorar? Eu quero gritar?
O
mundo me vê? O mundo só fala!
O
mundo não pode mais me derrubar!
Deixa
que falem. Deixe falar!
Meu
deus já foi mais uma semana com uma rotina,
Quem
sabe minha vida esteja longe como a China,
Escondida
pela visão da janela, a colina,
Cruzando
um caminho na fronteira com minha esquina.
Quando
acordo eu me deparo com uma realidade absurda,
Tenho
que engolir minhas palavras pela bunda,
Por
que já acordo ouvindo uma palavra imunda,
Então
me abaixo e me rebaixo ficando corcunda,
Tudo
fica tão Titanic que quebra no meio e afunda,
Em
um dia de inverno de uma semana segunda.
By:
Sebastien Cavendish
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